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Ao eleger o título deste livro fixei-me em um elemento que, a meus olhos, serve de fio condutor para a consecução de minha prática, aqui entendida como intervenção na realidade: o caráter teleológico dela – e, portanto, nada aleatório. De fato, desde antes do Educação física no Brasil: a história que não se conta (1988), escrever para mim tem o sentido de sistematizar a compreensão de uma determinada dimensão da realidade, de modo que qualifique minha possibilidade de nela intervir. Teorizar o real e construir sínteses de minha capacidade de apreendê-lo, portanto, explicitam meu movimento de teorizar a prática sobre a qual expresso vontade política de modificar. Daí serem as reflexões nada aleatórias, dotadas de sentidos e significados comprometidos com a transformação da realidade; voltadas à superação do ordenamento societário pautado na exploração do Homem pelo Homem. |