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Dizer que o homem está alienado de si mesmo é dizer que a sociedade deste homem alienado é caricatura da sua comunidade real, da sua verdadeira vida genérica; que a sua atividade se lhe apresenta como um tormento, suas próprias criações como um poder alheio, sua riqueza como pobreza, o vínculo profundo que o liga aos outros homens como vínculo artificial, a separação em face dos outros homens como sua verdadeira existência ; que a vida é o sacrifício da sua vida; que a realização do seu ser é a desrealização da sua vida; que, na sua produção, produz o seu nada; que o seu poder sobre o objeto sobre ele; que, o senhor da sua produção, aparece como escravo dela.
Karl Marx Cadernos de Paris |